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Inflação: Preços dos aluguéis voltam a subir

Postada em 06/06/2021 às 17:48:36

Como é calculado o reajuste do aluguel? Essa é uma dúvida constante para muitos brasileiros, principalmente, para quem está locando pela primeira vez. Afinal, toda burocracia requer ao máximo a nossa atenção.

Entre os índices de reajustes de aluguel no Brasil, encontram-se o IGP-DI (FGV), IGP-M (FGV), IPC (FIPE), IPCA (IBGE), INPC (IBGE) e ICV (Dieese). Em Frederico Westphalen, o índice de reajuste utilizado pela Marcos Lima Construções & Incorporações Ltda é o IGP-M, Índice Geral de Preços que registra a variação de preços do mercado, com o objetivo de monitorar a variação dos custos para verificar a movimentação dos preços no país.

A Marcos Lima Imóveis revolucionou o mercado imobiliário da região na década de 80 e vem se destacando até hoje, sendo a pioneira em empreendimentos de edifícios em condomínios a preço de custo, além de loteamos, administração de aluguéis e compra e venda de imóveis.

Um fator que vem assustando o mercado imobiliário nos últimos meses e, consequentemente, os locatários, é o valor surpreendente dos índices.

- Cada contrato é colocado um índice de reajuste de aluguel e, entre as opções legais, o índice que mais utilizamos até então é o IGP-M. Aqui na Marcos Lima seguimos algumas diretrizes, bem como o ajuste anual de aluguel a cada 12 meses, que é o acumulado do IGP-M, onde será aplicado o reajuste referente ao mês de vencimento. Então, é importante frisar que cada contrato é muito específico, ou seja, nem todas as pessoas terão o mesmo reajuste -, explicou a gerente-administrativa da Marcos Lima, Loni Teresinha Pires.

O reajuste do aluguel residencial de contratos vinculados ao IGP-M, com vencimento no mês de junho, por exemplo, ficou em 37,04%. Um percentual que reflete a evolução da inflação medida pelo índice, calculado ao longo de 12 meses de locação. Essa porcentagem atingiu a variação mais elevada desde que o índice começou a ser computado no ano de 1994.

- Em casos de aumento excessivo dos índices, trabalhamos com a opção do abono, um fator que se tornou ainda mais evidente ao longo da pandemia, onde entramos em contato com o proprietário do imóvel e ele definirá qual será esse valor. A Marcos Lima cumpre com o papel de administrar o aluguel de terceiros, ou seja, sempre dialogamos com os proprietários dos imóveis com relação aos pedidos de abono no aluguel por parte do locatário, orientamos e, juntos, definiremos uma nova proposta -, disse.

Segundo a gerente-administrativa, as negociações estão acontecendo com maior frequência, visando, o bem-estar de cada uma das partes. Ou seja, proprietários e imobiliárias estão sendo mais flexíveis com o atual momento em que o país atravessa, diante da pandemia e o cenário econômico.

- Quando o índice está normal, como aconteceu ao longo de muitos anos, seguimos o contrato e o índice do IGP-M normalmente, afinal, é o preço do mercado, no entanto, neste últimos meses, mais precisamente do final de 2020 até então, esse valor vem subindo e se encontra fora do valor do mercado, na nossa visão como empresa. Então, somos muito cuidadosos com esses detalhes. O mercado da oferta e o índice dos reajustes são fatores determinantes para as nossas negociações. Como destaquei anteriormente, cada contrato é um contrato e cada vencimento é um índice -, frisou a gerente administrativa.

A inflação, de acordo com o IGP-M, disparou em maio, fechando o mês em 4,10%, indicando forte alta nos preços de atacado. Desta forma, compreende-se cada vez mais, a necessidade em analisar caso a caso, para manter ativos os contratos de locação. É um momento de flexibilidade, compreensão e bom senso para enfrentar o momento.

- Sempre trabalhamos em uma crescente, mas com o aumento do índice, consequentemente, sentimos uma queda quanto na procura por locação. A nossa carteira de imóveis permanece a mesma, mas diminuiu os imóveis locados e, neste ponto, um dos fatores mais relevantes nessa queda foi com relação às universidades, onde os estudantes eram uns dos nossos maiores públicos. Mas aos poucos estamos retomando, com paciência, bom senso e muito trabalho e empenho -, finalizou Loni.

É hora de comprar?

Um estudo realizado pelo Grupo Zap revelou a dimensão do momento de transformação do mercado de imóveis residenciais no Brasil e, amparados pelo crédito imobiliário com as menores taxas de juros, os brasileiros estão, cada vez mais, procurando imóveis e dispostos a sair dos aluguéis. Desde 2009, quando foi criado o financiamento habitacional com juros baixos, no caso, o programa "Minha Casa, Minha Vida", hoje chamado de "Casa Verde Amarela", as pessoas viram que era melhor pagar a parcela de um financiamento do que continuar pagando o aluguel, segundo o corretor de imóveis de Frederico Westphalen, Mauro Dalla Costa.

- Os financiamentos habitacionais para imóveis de maior valor também tiveram uma queda nos juros, principalmente, pós-pandemia, onde o governo baixou as taxas, fomentando ainda mais aquelas pessoas que estavam na dúvida de sair do aluguel e encarar as parcelas do financiamento do imóvel próprio. Neste ano de 2020 e agora no primeiro semestre de 2021, o mercado imobiliário, na sua história mais recente, nunca esteve tão aquecido, quanto na venda, quanto na valorização. Acredito que este aumento foi por alguns motivos, tais como: juros baixos dos financiamentos imobiliários, redução em gastos supérfluos, necessidade de maior espaço, ótimas oportunidades de compra e venda e baixa rentabilidade na poupança -, destacou o corretor.

Segundo Dalla Costa, quem fomenta o mercado em FW, são na maioria, os estudantes, os quais estão se desfazendo do aluguel em consequência das aulas remotas. Em contrapartida, os proprietários de imóveis e imobiliárias estão mais abertos a novas negociações.

- Acredito que neste ano de 2021, a procura por imóvel próprio continue aquecida, já que o valor do aluguel é praticamente o valor da parcela de um financiamento bancário. Minha real preocupação economicamente no setor imobiliário, na parte de compra e venda, são os altos valores dos materiais de construção, onde hoje está mais caro construir do que comprar um imóvel pronto. E se pensarmos na possível venda futura destes imóveis, quem sabe os proprietários acabarão vendendo pelo preço de custo da obra ou até menos, se forem comparar com outros imóveis construídos a mais tempo -, finalizou o corretor de imóveis Mauro Dalla Costa.

Índice de reajuste nos últimos três anos:

Maio de 2019 - 8,65%

Maio de 2020 - 6,70%

Maio 2021 - 32, 03%

 

Fonte: folhadonoroeste

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