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Crédito imobiliário para MEI quase quadruplica em 5 anos; como fazer financiamento sendo microempreendedor?

Postada em 25/06/2021 às 15:11:32
Crédito imobiliário para MEI quase quadruplica em 5 anos; como fazer financiamento sendo microempreendedor?
Visto como categoria que pode comprovar renda e fluxo de caixa por emitir nota fiscal, MEI passou a ser público de plataformas de crédito; confira condições

SÃO PAULO - Criado em 2008 para legalizar o trabalho informal, o Microempreendedor Individual, mais conhecido como MEI, soma mais de 11,2 milhões de pessoas - que agora entraram na mira do crédito imobiliário. Visto como uma categoria que consegue comprovar renda e fluxo de caixa por meio de emissão de nota fiscal e movimentação bancária, agentes financeiros e fintechs criam ambientes virtuais para capturar este consumidor que, pelas regras do programa, pode faturar até R$ 81 mil por ano.

Os microempreendedores formam um dos públicos que mais têm avançado no financiamento habitacional para pessoas físicas nos últimos cinco anos, conforme dados do Banco Central (BC). A carteira de crédito para compra de imóvel por MEI saiu de R$ 2,7 bilhões em março de 2016 e chegou a R$ 10,1 bilhões em março deste ano, de acordo com o Painel de Informações de Crédito do BC. Só do ano passado para cá, cresceu cerca de 25%.

Parece pouco se comparado à carteira total de financiamento imobiliário para pessoas físicas, que soma R$ 734 bilhões, mas chama atenção pela velocidade com que avança e ganha volume dentro de marketplaces que conectam tomadores de crédito a bancos, financeiras e outras fintechs."O MEI se tornou interessante porque passou a ser uma entidade visível", afirma Diego Perez, presidente da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs). "A quantidade de abertura de MEIs também vem acelerando. Eles passaram a usar serviços financeiros das fintechs e são clientes com potencial de entrega".

Ele explica que, no ambiente do open banking, quando o MEI acessa um serviço financeiro como o crédito imobiliário de longo prazo, todas as outras instituições financeiras conseguem enxergá-lo e acompanhar o seu fluxo de recursos, o que melhora a sua condição na obtenção de taxas menores. "E no marketplace, ele consegue comparar as taxas e condições de crédito imobiliário de diferentes instituições financeiras", observa Perez.

Taxas e prazos diferentes do crédito para autônomo
Diferente do autônomo que tem dificuldades para comprovar renda mensal e muitas vezes está fora do sistema financeiro, a oferta de crédito é tida como de menor risco para o MEI. É o que defende a Credimorar. Com 95% das transações dedicadas ao crédito imobiliário, a plataforma - que pertence ao grupo Brasil Brokers - olha para o MEI com elevado grau de interesse e aponta vantagens em oferecer empréstimo de longo prazo para esta categoria.

Como o microempreendedor possui documentação, há mais subsídio para que os bancos sintam confiança em oferecer o empréstimo. "Sabemos que a renda foi oriunda de prestação de serviço com nota e é regulado, o que abre o leque dentro do mercado imobiliário", afirma Thiago Teixeira, CEO da Credimorar. "Já a vantagem para o MEI é poder escolher em qual banco quer se financiar".

A Credimorar iniciou sua operação há quatro anos. Só no primeiro trimestre de 2021, intermediou R$ 1 bilhão em crédito imobiliário, um avanço de 107% em relação ao primeiro trimestre de 2020. "Projetamos R$ 5 bilhões em transações em 2021, o dobro do de 2020", diz Teixeira.

O tíquete médio de empréstimos de longo prazo na plataforma é de R$ 350 mil, o que combina com o perfil de crédito do MEI. Teixeira explica que para a compra da casa própria, o microempreendedor costuma financiar imóveis que custam de R$ 250 mil a R$ 300 mil. Com R$ 50 mil de entrada, as parcelas mensais ficam em torno de R$ 1,7 mil, com taxa média de juros de 6,99% ao ano e prazo de 30 anos para pagar.

 

Fonte: Infomoney

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