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Fundo imobiliário de papel está com boa relação entre risco e retorno, diz Santander

Postada em 28/06/2021 às 16:41:44
Fundo imobiliário de papel está com boa relação entre risco e retorno, diz Santander
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Os fundos imobiliários de papel aplicam em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Nos últimos 12 meses, o retorno dessa classe foi de 24,27%, mais de quatro vezes acima do lucro do Ifix, índice de referência de fundos imobiliários.

Os fundos imobiliários de papel, que aplicam em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), têm apresentado uma relação entre risco e retorno muito boa aos investidores. A avaliação é do banco Santander, que destacou a categoria em um relatório assinado pelos analistas Felipe Vaz e Flavio Pires.

Nos últimos 12 meses, o retorno dessa classe foi de 24%, mais de quatro vezes acima do lucro do Ifix, índice de referência de fundos imobiliários, de 6%. A volatilidade foi de 5% ao ano, apenas um pouco maior que a do Ifix. Entre os produtos que a instituição financeira aconselha ter na carteira, estão os das gestoras Capitânia, VBI e Devant.

Os CRIs são títulos de renda fixa com lastro em crédito imobiliário. Os investidores desses papéis emprestam dinheiro aos empreendedores que têm um projeto e precisam captar dinheiro, e recebem um retorno por isso.

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Os CRIs são isentos de Imposto de Renda para pessoa física, contudo, escolher os títulos para investir é difícil para quem não conhece bem esse mercado, pois o risco deles é mais alto do que o de papéis mais conservadores de renda fixa, como os CDBs, emitidos por bancos. Nos fundos de CRIs, o gestor profissional escolhe esses títulos.

Os fundos de papel têm ganhado relevância no mercado de fundos imobiliários no Brasil e já são os mais representativos entre todos os segmentos do Ifix, com 34% de peso, afirmam os analistas. Fazem parte do indicador 30 fundos de CRIs, com valor de mercado de R$ 33,1 bilhões.

A performance desses produtos nos últimos tempos, incluindo o período desafiador da pandemia de covid-19, mostrou que o segmento foi bastante "defensivo", na visão de Vaz e Pires. Foi o único entre os fundos imobiliários que ficou no campo positivo em 2020: subiu 1,71%, enquanto o Ifix caiu 10,24%.

"Um dos pontos que nesse período ajudou bastante o segmento foi o fato de que parte das carteiras de CRIs tem remuneração atrelada aos índices de inflação mais uma taxa", afirmam os analistas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) acumula alta de 8,06% nos últimos 12 meses até maio, e o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), impressionantes 37,04%.

"Esse movimento dos índices mais altos acabou por 'turbinar' os rendimentos distribuídos pelos fundos imobiliários com maior concentração do portfólio em títulos indexados à inflação nos últimos tempos", dizem.

Daqui para frente, Vaz e Pires aguardam um movimento muito mais contido na inflação. Assim, aconselham que os investidores não esperem rendimentos mais elevados do que os dos últimos meses. "O principal risco para o investidor é 'pagar' mais que a cota deveria valer, e no momento em que houver uma redução dos rendimentos, as cotas possam se ajustar para um nível mais próximo do seu valor patrimonial", alertam.

Os analistas também afirmam que veem como desafio para os fundos de papel daqui para frente a estruturação de operações à taxas que remunerem os riscos das operações, pois considerando a maior competição dos fundos de CRIs para o financiamento dos projetos, já é possível observar um movimento de redução das taxas de remuneração.

 

 

 

 

Fonte: Valor Investe

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